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2012 - Livro Vermelho 2013

Billbergia zebrina (Herb.) Lindl. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 04-04-2012

Criterio:

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Billbergia zebrina ocorre no Paraguai, Argentina e Brasil. Em território nacional a espécie possui ampla distribuição (EOO=1.087.413,5 km²) e pode ser encontrada nos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apesar de ter valor ornamental e sofrer efeitos da perda e degradação de habitat, a espécie é cultivada e está protegida por unidades de conservação (SNUC). Por estas razões a espécie foi classificada como "Menos preocupante" (LC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Billbergia zebrina (Herb.) Lindl.;

Família: Bromeliaceae

Sinônimos:

  • > Billbergia cylindrostachya ;
  • > Anacyclia farinosa ;
  • > Billbergia canterae ;
  • > Billbergia farinosa ;
  • > Billbergia maxima ;
  • > Bromelia zebrina ;
  • > Cremobotrys zebrina ;
  • > Eucallias versicolor ;
  • > Helicodea zebrina ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

Ocorre no Paraguai, Argentina e Brasil, nos Estados de MS, MG, RJ, SP, PR, SC, RS (Wanderley et al, 2007, Martinelli et al, 2008). Presente na propriedade particular Sítio do Morro do Céu, Serra - ES (Silva; Gomes, 2003); Estreito de Augusto César, conhecido vulgarmente como estreito do Uruguai, situado no município Marcelino Ramos - RS (Rogalski; Zanin, 2003); Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEA/UFRGS), município de Eldorado do Sul - RS. Encontrada no Maciço do Gericinó-Mendanha, que abrange os municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Mesquita (Santos et al, 2007). Espécie registrada nas restingas do Estado do Rio de Janeiro que se estendem de Macaé até Ponta Negra; e de Ponta de São João até a Ponta do Picão (Moura et al, 2007).

Ecologia

A espécie foi coletada em capoeira (floresta em início de regeneração) na região norte da Ilha de Santa Catarina,Florianópolis - SC (Bonnet; Queiroz, 2006).

Ameaças

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Detalhes Na RPPN Buraco das Araras, Baptista-Maria; Maria (2009) identificaram a presença de gramíneas invasoras.

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência local
Severidade high
Detalhes Segundo Rogalski; Zanin (2003) parte da mata ciliar, foi inundada no ano de 1999 com a instalação da Usina Hidrelétrica de Itá. Além disso, a área apresentava vegetação secundária de Floresta Estacional Decidual do Rio Uruguai, por corte seletivo para exploração de madeira.

1.1.4 Livestock
Incidência local
Severidade high
Detalhes Na RPPN Buraco das Araras, Baptista-Maria; Maria (2009) identificaram a presença do gado como uma principal ameaça no local.

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre no Parque Estadual do Rio Preto (PERP), município de São Gonçalo do Rio Preto - MG (Versieux et al, 2010).

5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: A espécie está em cultivo ex situ na propriedade particular "Tropic Beauty", Nassau, Bahamas (Baensch; Baensch, 1998).

Usos

Referências

- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; GONZÁLEZ, M. ET AL. Bromeliaceae da Mata Atlântica Brasileira: Lista de Espécies, Distribuição e Conservação, Rodriguésia, Rio de Janeiro, v.59, 2008.

- WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; COSTA, A.F. ET AL. Bromeliaceae. In: WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; MELHEM, T.S. ET AL Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP, p.494, 2007.

- SILVA, N.N.F.; GOMES, J.M.L. Bromeliaceae do Sítio Morro do Céu, Serra (ES), Natureza on line, Santa Teresa, ES, p.1-11, 2003.

- ROGALSKI, J.M.; ZANIN, E.M. Composição Florística de Epífitos Vasculares no Estreito de Augusto César, Floresta Estacional Decidual do Rio Uruguai, RS, Brasil, Revista Brasileira de Botânica, v.26, p.551-556, 2003.

- MOURA, R. L. DE; COSTA, A. F. DA; ARAUJO, D. S. D. DE. Bromeliaceae das Restingas Fluminenses: Florística e Fitogeografia, Arquivos do Museu Nacional, v.65, p.139-168, 2007.

- BONNET, A.; QUEIROZ, M.H. Estratificação Vertical de Bromélias Epifíticas em Diferentes Estádios Sucessionais da Floresta Ombrófila Densa, Ilha de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil, Revista Brasileira de Botânica, v.29, p.217-228, 2006.

- STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. 2009. 515 p.

- BAENSCH, U.; BAENSCH, U. Blooming Bromeliads. Bahamas: Tropic Beauty, 1998. 270 p.

- SANTOS, M.C.F.; MOURA, R.L DE; VALENTE, A.A. Bromeliaceae no Maciço do Gericinó-Mendanha, Rio de Janeiro, Brasil, Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, p.63-65, 2007.

- VERSIEUX, L.M.; LOUZADA, R.B., VIANA, P.L. ET AL. An Illustrated Checklist of Bromeliaceae from Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais, Brazil, with Notes on Phytogeography and One New Species of Cryptanthus, Phytotaxa, v.10, p.01-16, 2010.

- BAPTISTA-MARIA, V.R.; MARIA, F.S. Plano de Manejo da Reserva Particular do Patrimônio Natural Buraco das Araras - Jardim, MS, 2008.

- VERSIEUX, L. M.; WENDT, T. Checklist of Bromeliaceae of Minas Gerais, Brazil, With Notes on Taxonomy and Endemism. Selbyana, v. 27, n. 2, p. 107-146, 2006.

Como citar

CNCFlora. Billbergia zebrina in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Billbergia zebrina>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:37:41